João Gilberto canta Tom Jobim - Eu sei que vou te amar | Especial
João Gilberto
“Retrato em branco e preto“ (Tom/Chico, 1968) - 1984
“Triste“ (Tom, 1967) - 1979
“Wave“ (Tom, 1967) - 1980
“Insensatez“ (Tom/Vinícius, 1961) - 1983
“A felicidade“ (Tom/Vinícius, 1956) - 1986
“Solidão“ (Tom/Alcides Fernandes, 1954) - 1997
“Eu sei que vou te amar“ (Tom/Vinícius, 1959) - 1997
“Samba de uma nota só“ (Tom/Mendonça, 1960) - 2006
“Meditação“ (Tom/Mendonça, 1960) - 2006
“Lígia“ (Tom, 1974) - 2006
“Águas de Março“ (Tom, 1972) - 2006
“Fotografia“ (Tom, 1959) - 1996
“Caminhos cruzados“ (Tom/Mendonça, 1958) - 2008
“Samba de Avião“ (Tom, 1962) - 2008
João e Antônio (1992)
“Garota de Ipanema“ (Tom/Vinícius, 1962)
“Desafinado“ (Tom/Mendonça, 1958)
“Corcovado“ (Tom, 1961)
“Chega de Saudade“ (Tom/Vinícius, 1956? 1958?)
O primeiro vídeo foi bloqueado por direitos autorais. Aí está uma nova edição do especial, que infelizmente certas músicas ficaram de fora, por conta dos direitos. Antônio Carlos Jobim foi o compositor que João mais cantou na vida, mesmo que os dois tivessem suas rusgas, era certamente o compositor que ele mais gostava, por mais que ele não tenha admitido em vida.
Segundo Ruy Castro, por mais que brigassem nas gravações dos discos da Bossa Nova, Jobim era quem melhor entendia Gilberto. Brigavam, mas tinham uma profunda admiração um pelo outro. O rompimento definitivo (pelo que dizem), foi quando Antonio Carlos Jobim gravou com Francis Albert Sinatra, há quem diga que João não perdoou Antônio, por não o ter chamado pra gravar com Sinatra. Ainda dizem que se falaram em 1977 e em 1986, trocaram um telefonema, pois Joãozinho não poderia fazer show em Montreux no dia marcado e pediu ao Tonzinho para que trocassem o dia. Dizem que João pelas costas de Tom, dizia que ele copiava as letras dos livros que lia e as músicas plagiava, e não suportava “Luiza“. Mas ao ver João Gilberto chamar o último encontro deles de “Sensacional!“, sinceramente, mostra que tinham sim, poderiam ter seus problemas, mas um era de fato, grato ao outro pelo sucesso de ambos e a gratidão fazia total diferença. É é isso que fica, não se fala de João sem se falar de Tom e de Tom sem se falar de João.
Sem João, Tom seria certamente o maestro Antônio Carlos Jobim, mas não o compositor principal da bossa nova, e talvez nem tão reconhecido como os muitos maestros desse país. E sem Tom, João poderia ter gravado outra música, e não ter tido o mesmo retorno que teve com “Chega de Saudade“, “Desafinado, “Samba de uma nota só“. Mostrando que “A realidade é que sem [eles] não há paz, não há beleza“. E a beleza é maior que tudo.
No final, a última apresentação televisionada dos dois. Um deleite. A narração é do também já saudoso, Paulo José.
Abaixo uma matéria da Folha acerca do show:
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