A renúncia do imperador Nicolau II foi uma farsa?

Em 2 de março, por volta das dez horas, em Pskov, Guchkov e os generais traidores, aproximaram-se do trem real com a intenção de legitimar um golpe militar com a renúncia de Nicolau II ao trono. O Governo Provisório não era legitimo, pois Nicolau II não poderia transferir seu poder para outro governante, nem mesmo para seu filho. A dignidade de imperador, na Rússia, era perpétua e não havia nenhuma lei na constituição russa que permitisse uma renúncia. Portanto, em todas as hipóteses o Governo Provisório é ilegítimo e Nicolau II seria o governante legal mesmo contra sua vontade, o que não foi o caso, pois ele não assinou o ato de renúncia. Assinar tal documento era entregar o povo a um grupo de traidores e corruptos, algo que a consciência do soberano não permitiria, mesmo que essa decisão custasse a sua vida. Por isso, os generais foram forçados a forjar um documento.